Maria Filó Blog | Dicas e Inspirações de Moda
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ALÉM DAS FLORES

A realidade aumentada de Georgia O’Keeffe

Blue Morning Glories (1935) | Hibiscus with Plumeria (1939) | Jack in the Pulpit II (1930) | Black Iris (1926) | Grey Lines with Black, Blue and Yellow (1923) | Jack in the Pulpit IV (1930)

Muitos a consideram a mais autêntica expressão do modernismo norte-americano, outros se recusam a encaixá-la em qualquer movimento artístico específico, senão o seu próprio. O  que ninguém discorda é que Georgia O’Keeffe está entre os principais nomes da pintura do séc. XX.

De Chicago à efervescente Nova Iorque do jazz, nos anos 20, de Manhattan à quieta e dura paisagem do Sudeste norte-americano, Georgia O’Keeffe trilhou um caminho que se confunde com a sua própria arte. O Novo México foi seu lugar escolhido para viver, mas foi na arte que encontrou seu verdadeiro lugar no mundo.

Georgia O'Keeffe
Oriental Poppies (1927)

Costumava dizer que na sua vida – sobretudo enquanto mulher – ela sempre tinha alguém dizendo a ela o que fazer, mas que na sua arte, ninguém poderia fazê-lo, lá ela tinha espaço para ser livre.

E se todo o artista tem suas obsessões, a maior de O’Keeffe talvez tenham sido as flores. Ela as representava fazendo um uso dramático e inovador da cor e da forma, sempre em uma escala macro, sob uma espécie de lente de aumento. As flores da artista são tão ampliadas que chegam a reduzir o espectador à perspectiva de um pequeno beija-flor polonizador.

Georgia O'Keeffe
Trombeta II (1932) | Pineapple Bud (1939)

Muitas vezes, cada uma das partes das flores aumentadas da artista era simplificada até sua forma geométrica mais básica, assumindo-se então como uma audaciosa abstração, uma evocação no lugar de uma representação literal da flor.

“Ninguém vê uma flor — realmente — é tão pequena — não temos tempo… eu disse para mim mesma — pintarei o que vejo — o que a flor é para mim, mas pintá-la-ei grande e ficarão surpreendidos por terem tempo para a vê-la.” (Georgia O’Keeffe)

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