Maria Filó Blog | Dicas e Inspirações de Moda
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DA ARTE PARA A MODA

Nossas lojas ganharam um colorido especial que vem roubando os olhares. A coleção Galeria está deixando as araras repletas de formas orgânicas que trazem o perfume da natureza aos elaborados fios do tricô. Essa profusão de cores e tramas vai além: ela conta com a parceria de Clara Valente, artista que traz paisagens móveis às peças, fazendo com que seus traços ganhem vida ao ornar as belíssimas novidades.

Hoje conversamos com a pintora mineira sobre três casamentos bem-sucedidos na sua obra: o da moda com a arte, o da paisagem com a urbanidade e o da geometria com a fluidez. Se a princípio eles parecem pouco óbvios, ela derruba barreiras e mostra o viés híbrido das suas criações, que se inspiram na contemplação dos ricos cenários naturais de Minas Gerais.

Quer saber mais sobre suas referências? Confira a entrevista:

Desde quando a pintura e o desenho estão presentes na sua vida?
A arte está presente na minha vida desde sempre. Frequentava desde pequena o atelier de meu tio Pedro, que é artista. Adorava contemplar a natureza e me perdia nos mergulhos no mar e nas lagoas.

Como foi o seu processo de criação para a coleção Galeria?
O processo de criação para a coleção foi, na verdade, um passeio pelas minhas pinturas, fazer delas uma paisagem que se veste, móvel.

Fala um pouco sobre como você encara esse flerte entre moda e arte.
Minhas pinturas retratam a natureza. Elas remetem aos momentos de contemplação. Sempre procuro me vestir com as cores das minhas pinturas porque elas me trazem aquele mesmo sentimento de novo. A arte e a moda estão interligadas, a gente veste o que a sente.

Sua obra retrata a natureza e, ao mesmo tempo, está presente em intervenções urbanas. Como você vê esse encontro entre o natural e o concreto?
Tento trazer a paisagem natural para a cidade. Pinto uma natureza que antes existiu ali no lugar daqueles muros, concretos e construções. Além disso, eu vejo que as pinturas e intervenções nas ruas são como paisagens urbanas. As paredes e prédios não deixam de ser paisagens concretas.

Você demorou para encontrar seu traço, sua assinatura? Como foi esse processo de descoberta?
O processo de descoberta do meu traço surgiu a cada dia de trabalho e pesquisa. Gosto muito das incursões na natureza e na cidade, do processo de assimilar tudo ao meu redor. Foi trabalhando muito, pintando e estudando as cores que encontrei meu traço. O olhar e a luz em cada horário do dia me trazem uma paleta de cores e formas. Gosto muito também de ver editoriais de moda em revistas para me inspirar.

É incrível como você usa muita geometria no seu trabalho e ainda assim ela é fluida.
A geometria na minhas pinturas também são observações do meio urbano. A arquitetura dos prédios, pontes e viadutos. Tudo misturado com o pôr do sol, os rios, o mar e as montanhas.

Quais são as suas maiores referências artísticas?
Eu tenho muitas referências artísticas, agora ainda mais com o Instagram. São tantos artistas, antigos, novos e contemporâneos. Tenho a referência de um todo, moda, cultura, cidade, artistas, fotógrafos…

Qual é a influência de Minas Gerais nas suas criações?
Minas Gerais tem montanhas e muitos lugares lindos. O cerrado me inspira muito, as cores do pôr do sol. Gosto muito de viajar para as serras que nos envolvem aqui.

Pingue-pongue:
Uma artista que me inspira… Raquel Schembri e Hilma Af Klint.
Movimento artístico… Dadaísmo.
Pintar é… Expressar.
Moda é… Personalidade.
Uma cor… As de tom flúor.
Uma forma geométrica… Triângulo.
Uma música/disco que representa bem sua obra… The XX.
Ser Valente é… Ter coragem.

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