Maria Filó Blog | Dicas e Inspirações de Moda
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Jogando meu corpo (e alma) no mundo

Chego em casa e vejo uma vela no formato de um ponto de interrogação em cima da pia. Minha mãe acaba de completar 62 anos. Assim presumo que foi com essa grande dúvida de cera que cantaram parabéns para ela no trabalho. Como se colocar a idade dela ali fosse uma ofensa. Uma espécie de educação passiva-agressiva, eu diria.

Então que me dou conta que ser mulher é um grande ponto de interrogação. Pelo menos foi assim que nos ensinaram. A duvidar da nossa capacidade, da nossa beleza, da nossa potência, do nosso corpo, da nossa autossuficiência. Em outras palavras, acima de tudo, a duvidar de nós.

Por exemplo: quem nunca se viu no espelho questionando se nossa roupa está adequada? Passando seriedade, mas sem ser careta. Atraente, na medida, sem ser vulgar. Jovem, sem ser boba. Com personalidade, sem ser extravagante. Sem tentar entender, antes de mais nada, qual é o nosso estilo.

Enquanto isso, os meninos foram educados a traçarem caminhos sem quase nenhuma restrição e a conquistarem o mundo, nós fomos ensinadas a… conquistá-los. Durante muitos anos, nosso roteiro foi definido por eles.

E dessa forma, nossos desejos foram deixados de lado. Quem somos nós, acima da vontade dos outros, das expectativas ou julgamentos alheios? O que queremos explorar, qual roteiro queremos traçar?

Não é à toa que nós, mulheres, hoje dominamos as salas de terapia. Afinal, a autodescoberta e a autoaceitação nunca estiveram tão em pauta. Nessa jornada, toda experiência é válida. Há quem voe para os lados da astrologia, outras buscam os contorcionismos, yoga ou quem sabe, alinhamento energético. E, por que não, viajar?

Nas viagens, podemos traçar nossas próprias rotas. Fugir do script, mudar de rua, encontrar novas possibilidades. Vivenciar a diversidade, fazer planos e se surpreender o tempo todo. Literalmente se abrir para o mundo. Mudar, crescer, amadurecer. Como lindamente disseram os Novos Baianos: “Deixo e recebo um tanto”.

Por isso, hoje compartilhamos aqui alguns destinos transformadores. Locais que oferecem verdadeiras imersões espirituais, que são um convite a se conectar consigo mesma e fazer sua história ganhar um novo significado. Vamos lá?

Caminho de Santiago de Compostela, Espanha

Destino que inspirou nossa coleção de inverno, o Caminho de Santiago de Compostela é o maior trajeto de peregrinação da Europa e recebe pessoas de todas as partes do mundo. Devido à sua grande extensão, cerca de 800km, suas rotas são cheias de desafios que atingem desde o físico ao psicológico.

Uma verdadeira experiência de imersão, autoconhecimento e reflexão sobre os sentidos da vida. Quem já se aventurou no percurso garante que o lugar e sua energia são únicos.

Bodhgaya, Índia

A Índia por si só já é um país que respira religiosidade e crenças por toda a parte. Bodhgaya é um dos destinos mais procurados na região por budistas de todo o mundo. Mas não só os seguidores de Buda quem desfrutam do auspicioso clima do local.

Segundo a história, lá foi o ponto exato onde Buda Gautama, o fundador do budismo, chegou ao seu ápice de iluminação espiritual. Por isso, os bons fluidos da área são ideais para quem busca tranquilidade e concentração para meditar.

Vaticano, Itália

O Vaticano é a sede da Igreja Católica e um dos lugares mais visitados pelos religiosos dessa fé. Mas a cidade-estado italiana encanta a todos por sua imponência, arquitetura e pelo encanto das basílicas que existem por lá, como a de São Pedro.

Certamente, visitar o lugar é um dos atrativos para quem busca uma renovação de espírito e de energia para seguir seu caminho.

Machu Picchu, Peru

Também conhecida como cidade perdida dos Incas, a cidade peruana é um dos destinos mais místicos da América do Sul. Suas construções milenares somadas à paisagens naturais de tirar o fôlego, montam a atmosfera perfeita para captar boas vibrações.

O povo que habitava a região construiu seus prédios com granito branco, pois acreditavam que esse material emanava uma energia positiva forte. Esse é mais um bom motivo para explorar o lugar em busca de amadurecimento e grandes reflexões e conexões.

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