Entrevista: Lilian Farrish

Foi durante a pandemia, em meados de 2020, que a criativa Lilian Farrish resolveu embarcar em um movimento que ganhou popularidade nas redes sociais à época: artistas de todos os tipos, desde iniciantes até os mais experientes, resolveram compartilhar seus processos criativos em seus perfis. Já Lilian decidiu criar vídeos sobre arte, em especial, conteúdos que levantassem a discussão entre arte e política.

Em conversa exclusiva, Lilian, que hoje já conta mais de 100 mil seguidores no Instagram, fala sobre sua relação com a arte, artistas que a inspiram, como a moda influencia seu trabalho e mais. Confira!

Lilian, se apresente para as nossas leitoras.

Meu nome é Lilian Farrish, tenho 31 anos e faço conteúdos sobre artes e cultura para inspirar interpretações e pensamento crítico sobre a vida.

Como se deu sua relação com a arte? De que forma ela te inspira?

Sou apaixonada por todas as formas de artes desde a infância. Me formei em Design de Moda e na faculdade percebi que a parte que mais me encanta é o processo criativo e a forma como a arte conecta as pessoas. Depois fui estudar artes visuais e me interessei ainda mais por arte contemporânea. Hoje ela me inspira como uma forma de fazer todas as pessoas olharem para o mesmo lugar e conseguirem trocar ideia sobre suas experiências de vida de forma que nenhum outro segmento consegue.

Falando sobre inspiração, quais artistas te inspiram?

Todos os artistas que falo em meus vídeos me inspiram de alguma forma. Mas o Santo (@ativistadosentir) é um artista fantástico e grande amigo que me ensina todos os dias como ser mais leve comigo mesma, como fugir do perfeccionismo que às vezes me paralisa.

Moda e arte são dois universos que caminham lado a lado. De que forma a moda influencia no seu trabalho com a arte?

Moda está em tudo o que eu vejo porque não entendo moda só como algo para se vestir, mas uma tendência de comportamento que se reflete no seu visual. A palavra moda vem do que se repete, do que é popular e é a partir da repetição que a gente molda a nossa cultura, então é impossível falar de artes e cultura sem falar de moda.

O tempo é o fio condutor que conta a história da nossa coleção de Alto Inverno 24. Como você aproveita o seu tempo?

Eu amo quando consigo expandir a minha percepção de tempo vivendo uma experiência pela primeira vez. Tem até um vídeo que falo sobre isso, do quanto viagens, conhecer exposições, ver um filme novo, conhecer gente nova nos fazer ter uma percepção diferente do tempo, como se ele passasse mais devagar e parecer que a gente viveu três dias em um só. Depois que aprendi que esse efeito se chama oddball effect, fico sempre querendo ativá-lo de alguma maneira.

Para finalizar, o que você tem lido e assistido e indica para as nossas leitoras?

Estou lendo “Como o cérebro cria” do Anthony Brandt e David Eagleman. Um livro que acredito que todo mundo que gosta e trabalha com criatividade deveria ler. E recentemente assisti “Anatomia de uma queda”, o meu favorito entre os indicados ao Oscar.