Entrevista: Juliana Lenz fala sobre moda e inspiração

Conversar com mulheres que tenham muito o que contar é uma das coisas que mais gostamos. Por isso, teremos uma série de entrevistas com mulheres que são uma fonte de inspiração para nós, seja na moda, na arte ou nas suas mais diversas áreas de atuação.

Para iniciar nossa série de bate-papos, vamos conversar com a Juliana Lenz. Consultora de estilo, influenciadora e apaixonada por moda e comportamento, a Ju é daquelas mulheres multitasking que está sempre trabalhando em novos projetos.

Confira nossa entrevista sobre moda, inspiração e referências com a Ju Lenz:

Como você chegou até o universo da moda?

JL: Eu me formei em direito e cheguei a advogar por um período, mas nunca foi algo que eu realmente gostasse ou achasse que tivesse vocação – principalmente para a área que eu atuava que era o direito tributário. Sempre gostei de moda mas não pensava em ser estilista, até que um dia vi um anúncio sobre consultoria de estilo em SP e fiquei intrigada, pois nunca tinha ouvido falar. Resolvi fazer a formação e não parei mais! Lá se vão 16 anos na área e hoje, apesar de não fazer mais atendimentos individuais, sigo ministrando cursos na área.

Você é apaixonada por moda e comportamento, além de ser consultora de estilo. Como esses assuntos refletem nas suas escolhas do dia a dia?

JL: Eu tenho o meu estilo pessoal bem definido. Isso sem dúvida me ajuda no dia a dia, pois tudo fica mais prático na hora de montar o look. Sei objetivamente as cores que eu gosto e que, sobretudo, me valorizam, a modelagem que me veste bem. Gosto de uma roupa que seja confortável, fácil de usar e de qualidade, livre de tendências. Em geral gosto de uma cartela de cores mais suaves e com estampas discretas sem muito contraste. Não gosto de nada que seja “muito”.

Peças atemporais são aquelas que sempre atravessam estações no armário. Quais são as suas preferidas?

JL: Eu amo uma bela camisa social branca, tricot em geral, blazer básico mas com um super corte. Adoro um bom vestido!

Falando sobre referência, qual mulher mais te inspira? Por quê?

JL: Adoro a Anine Bing apesar dela ser mais moderna do que eu. Adoro o estilo da Tory Burch, não da marca em si, mas acho ela muito chic. Adoro a Glorinha Kalil e a Lenny Niemeyer. Acho a Luiza Mariani supercool! E gosto também do estilo da Juliana Awada.

O que você está assistindo e lendo atualmente? Conta para a gente!

JL: No momento estou assistindo a série ‘New Look’ e lendo o livro do Anderson Birman que se chama a ‘Cada Passo’.

Se você puder dar apenas uma dica de moda/estilo para quem nos lê agora, qual seria?

JL: Eu sugiro que você faça um exercício que ajuda bastante no autoconhecimento, a definir um estilo pessoal, ter uma imagem coerente e consistente. Quando eu atendia cliente, pessoa física, eu pedia para elas montarem um painel de estilo. Logo lá no início, a gente fazia em cartolina. Hoje em dia, não. Fazemos mais em Pinterest ou ela criava uma pastinha no computador. Como é que funcionava isso? Ela selecionava imagens de mulheres de looks para todas as ocasiões. Exemplos: lazer, trabalho, festa, casamento, noiva, decoração.

Dica: monte painéis de estilo

E aí ela ia criando essa pastinha com tudo que ela gostasse. A gente analisava junto e eu ia vendo. Por exemplo, aqui aparece que você gosta de cores mais suaves ou não. Eu vejo aqui que você agora gosta de uma cartela de cor mais impactante. Neste caso, você prefere uma modelagem mais reta ou não, ou você prefere uma modelagem mais curva. A partir daí, a gente já ia analisando e vendo o que que essa cliente gostava. Então, isso é bom exercício e eu sugiro que as mulheres façam com elas próprias. Monte um painel de estilo e vai entendendo melhor seus gostos. Até porque faz com que na hora de comprar ou na hora de você se vestir, já sabe o que te agrada, o que te vai bem.

Acho que depois da pandemia, de tudo o que passamos, a mulher tem que se vestir da forma que ela se sente feliz. Se vestir da maneira que ela se sente confortável, sem poder achar que as pessoas ditem regra para elas ou que elas se influenciem. É muito bom a gente se influenciar pelos outros. Mas é melhor ainda quando conseguimos nos influenciar pelo nosso gosto pessoal, pelas nossas vivências, sobretudo, quando a conseguimos nos vestir de acordo com a radiografia do nosso estilo de vida. Por isso, não tem nada mais elegante do que a gente estar adequada para situações do nosso dia a dia. 

Apostas da Ju Lenz

Por fim, convidamos a consultora de estilo para fazer suas escolhas da coleção de inverno. A Ju montou sua mala de viagem para um destino frio e mostrou as propostas que escolheu para aproveitar seus dias de descanso. De produções estampadas até as atemporais peças de alfaiataria, confira quais foram as peças escolhidas pela Juliana e compre no site.