As vertentes de Burle Marx
Poucos sabem sobre a verdadeira magnitude do talento de Burle Marx. Sua linguagem artística transitava além do paisagismo e perpassava por diversas áreas como arquitetura, pintura, desenho, cerâmica, fabricação de joias e o universo culinário.
Com um olhar incomparável, ele mesclava arte com urbanismo. A sensação de movimento criada por contrastes de cor e formas geométricas, abstratas e concretas, tornou-se uma assinatura marcante nos seus trabalhos.
Na pintura, Burle Marx explorou diferentes tonalidades para compor propostas únicas, correspondentes a cada fase da vida. Sua fase cubista foi realçada por tons terrosos e sóbrios, enquanto o amarelo, azul e preto eram protagonistas na sua transição para o abstracionismo.

A natureza se tornou uma ferramenta de trabalho para Burle Marx também na pintura, na forma de folhagens e galhos dos seus desenhos a nanquim. A narrativa de seus quadros tinha como foco a realidade do povo brasileiro, com os cenários urbanos e do trabalho como plano de fundo. Em sua trajetória como pintor, se inspirou em grandes nomes como Cândido Portinari, um de seus professores na Escola de Belas Artes.

Na fabricação de joias, seu parceiro criativo foi o irmão, Haroldo, ourives que administrava uma fábrica e lapidava as raridades brasileiras. Suas criações já foram usadas por figuras ilustres como Valentino e Rainha Elizabeth.

Na culinária, Burle Marx trouxe o colorido da natureza para os seus pratos. Um dos seus eventos favoritos era reunir seus amigos no Sítio Santo Antônio da Bica, sua antiga residência que agora é conhecido como Sítio Roberto Burle Marx, hoje aberto para visitas. No livro À Mesa com Burle Marx encontramos as suas famosas receitas como também fotografias das deliciosas refeições e reuniões. Vale a pena conferir.
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