Em expô
William Eggleston
Se hoje parece tão óbvio, na década de 70 não era tão claro assim. A fotografia colorida era considerada arte menor, usada em publicidade ou em fotografias caseiras. A sofisticação morava nas texturas da fotografia em preto e branco, essa sim, respeitada como algo maior, considerada arte.
Até o americano William Eggleston evidenciar em cores todo o sonho americano, em séries fotográficas que ganharam pela primeira vez uma individual num museu, no caso o MoMa de NY.
À primeira vista a crítica torceu o nariz, depois se rendeu às imagens simples, de cores saturadas, que mostravam a rotina, o cotidiano, a vida que se passava na esquina, a “girl next door”, o olhar colorido do fotógrafo que via poesia no que ninguém, ainda, notava.
Carros, letreiros de restaurante, pessoas normais vivendo suas vidas, tudo o que ele via de sua janela, das viagens de carro que cruzavam o país, imagens que viraram recorte de uma época e que inspiraram outros artistas incríveis como Win Wenders, Jürgen Teller e Gus Van Sant,
E a partir de sábado nós também vamos poder conhecer sua obra, uma viagem no tempo cheia de intimidade pelos EUA de Eggleston, que vem pessoalmente para a abertura de sua expô no Instituto Moreira Salles aqui no Rio.
E nós não vamos perder!