Nos Bastidores de Chico

Um dos principais nomes da nossa música fará um pocket show exclusivo pela web, hoje, por volta das 16h. Chico Buarque mergulha no universo virtual e dá um gostinho do seu novo álbum “Chico”. O cantor e compositor cantará a inédita “Sinhá” ao lado de João Bosco, no site Chico: Bastidores, criado pela gravadora Biscoito Fino, exclusivamente para o lançamento.

O vídeo será transmitido direto da sala de estar da casa do Chico, no Leblon (RJ), deixando o clima ainda mais intimista. Para assistir, basta acessar o site e preparar os ouvidos para a voz deliciosa do cantor.

Quer entender o projeto? O Chico explica.

Chico: Bastidores – Apresentação from Chico Buarque: Bastidores on Vimeo.

No canal de vídeos, é possível assistir outros vídeos gravados nos últimos 30 dias, onde o cantor comenta cada música, entre elas, “Sinhá”, que será lançada hoje.

Chico: Bastidores – Chico comenta “Sinhá” from Chico Buarque: Bastidores on Vimeo.

Precisa de mais do que isso para tornar a quarta-feira especial?

“Chico” tem previsão de chegar às lojas no próximo fim de semana. Se não quiser esperar até lá, basta clicar no site do Biscoito Fino. Na Filó indica como investimento certo. 😉

Clique no “Leia Mais” para ver a letra de “Sinhá” e se prepare para cantar junto!

Sinhá

Se a dona se banhou
Eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor
Eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça
Sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça
Nem enxergo bem

Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê
Que nunca vi Sinhá
Por que me faz tão mal
Com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal
Da santa cruz

Eu só cheguei no açude
Atrás da sabiá
Olhava o arvoredo
Eu não olhei Sinhá
Se a dona se despiu
Eu já andava além
Estava na moenda
Estava para Xerém

Por que talhar meu corpo
Eu não olhei Sinhá
Para que que vosmincê
Meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá
Mas oro por Jesus
Para que que vassuncê
Me tira a luz

E assim vai se encerrar
O conto de um cantor
Com voz do pelourinho
E ares de senhor
Cantor atormentado
Herdeiro sarará
Do nome e do renome
De um feroz senhor de engenho
E das mandingas de um escravo
Que no engenho enfeitiçou Sinhá